O período
compreendido entre 1919 e 1939, chamado de período entre guerras, é marcado
pela crise econômica que tem como principal episódio a queda da bolsa de Nova
Iorque em 1929, pelo surgimento e fortalecimento dos governos totalitários
(nazismo e fascismo) e pelo desenvolvimento do socialismo. A soma desses fatores acirrou o clima entre as principais potências
da época que desde o final da Primeira Guerra não era bom e promoveu o inicio
da conhecida e tão falada Segunda Guerra Mundial.
Podemos entender a Segunda Guerra Mundial
retomando questões fundamentais que marcaram o fim da Primeira Guerra, ocorrida
entre 1914 e 1919. Nesse exercício de revisão devemos lembrar especialmente do
Tratado de Versalhes e seus significados, e também da criação da Liga das
Nações.
-TRATADO DE VERSALHES fez duras
imposições aos governos dos países derrotados. Principalmente para os alemães o
tratado foi considerado humilhante. Foi nesse cenário e aproveitando-se
da grave crise social e econômica que atingia a Alemanha, que Adolf
Hitler e seu grupo político chegaram ao poder despertaram o sentimento de
revolta e de vingança no povo alemão.
- LIGA
DAS NAÇÕES foi criada ao final da primeira grande guerra, era composta por representantes
de diversos países e tinha como principal objetivo manter a paz mundial.
Os Estados Unidos optaram por não fazer parte da Liga e a União Soviética
(URSS), por ter um regime socialista, acabou sendo rejeitada pelas potências
capitalistas que temiam a propagação do modelo socialista. Inglaterra e França
controlavam a Liga das Nações e assumiram apenas uma política de apaziguamento enquanto que países como Alemanha, Itália e
Japão adotaram uma política externa de expansão territorial, militar e econômica. Desse
modo, a Liga das Nações não atingiu seus objetivos já que não impediu,
por exemplo, impedir a invasão japonesa da Manchúria em 1931 e nem a
invasão italiana na Etiópia em 1935.
As origens da segunda Guerra Mundial:
expansão territorial, militar e
econômica
Após
a Primeira Guerra Mundial os governos do Japão, Itália e Alemanha adotaram uma
clara política de expandir seus domínios sobre outras áreas. Mussolini
pretendia modernizar e desenvolver a indústria do país e os japoneses, apesar de
dominarem uma extensa área no oriente, contavam com poucos recursos naturais
como petróleo, ferro e carvão. O imperialismo japonês foi mais atuante na Ásia,
dominaram a Manchúria em 1931 e invadiram a China em 1935. No continente
africano os italianos invadiram a Etiópia,
em 1935 e na Europa anexaram a Albânia em 1939. A Liga das Nações esteve atenta e no discurso
condenou essas invasões, porém, na prática pouco fez para impedir já que seus
principais representantes, França e Inglaterra , não se sentiam ameaçadas ou
prejudicadas economicamente.
A expansão territorial da Alemanha nazista
Ao chegar no poder na Alemanha em 1933 com seu grupo político, Adolf Hitler
criou e fortaleceu o Estado nazista.
Imediatamente os nazistas passaram a desafiar as determinações do
Tratado de Versalhes que impediam o desenvolvimento militar e econômico do
país. Os alemães passaram a fazer
grandes investimentos nas forças armadas
e a recuperar rapidamente a suas forças
produtivas. Ao fortalecer o Estado
Nazista Hitler definiu novos objetivos e entre eles estava a conquista de territórios
que eram considerados fundamentais para o desenvolvimento da Alemanha. O governo difundiu a teoria do “espaço
vital”, que dizia que os povos de origem germânica deveriam estar agrupados
sob o mesmo território. Os nazistas pretendiam
integrar as comunidades alemãs espalhadas pela Europa (Áustria, Sudetos –
região montanhosa pertencente a antiga Tchecoslováquia - e Dantzig,
na Polônia). Nesse projeto de
expandir o território da Alemanha, regiões pertencentes à União Soviética,
ricos em minérios e outras matérias primas também deveriam ser conquistadas.
1º) A
expansão do território alemão teve início em março de 1936 com a
ocupação da Renânia, região cortada
pelo rio Reno e que determina a fronteira entre a França e Alemanha. Hitler ignorou o Tratado de
Versalhes que determinava que essa região deveria permanecer desmilitarizada.
Os franceses não reagiram diante da ocupação pois ainda confiavam nas fortificações utilizadas
durante a Primeira Guerra. De qualquer forma o governo francês ampliou a linha
de defesa. Aproximadamente 200 km de
trincheiras fortificadas foram construídas
pelos franceses na região de
fronteira entre os dois países.
2º) Dois anos depois, em março de 1938, sem fazer grandes esforços
militares, os alemães anexaram a o território da Áustria. Por serem povos de línguas e
culturas semelhantes, a maioria da população austríaca aceitou viver sob o
comando de um único Estado.
3º) O
próximo desejo de Hitler era anexar os Sudetos,
região pertencente a Tchecoslováquia e onde viviam cerca de 3 milhões de pessoas de origem
alemã. Ao contrário dos austríacos, os tchecos não estavam dispostos a ceder
esses territórios a Alemanha e uma guerra entre os dois países parecia
certa. A situação chamava a atenção de
ingleses e franceses e então foi convocada uma conferência para resolver a
situação.
Conferência de Munique
(setembro de 1938)
O principal
objetivo da conferência, realizada em Munique em setembro de 1938, era discutir
as pretensões que a Alemanha tinha sobre a região dos Sudetos, pertencente a
Tchecoslováquia. Além de Hitler e de Mussolini, participaram da conferência os
primeiros ministros da Inglaterra, Neville Chamberlain, e da França, Édouard
Daladier. Portanto, os representantes do governo tchecoslovacos, que eram
os principais interessados, não participaram da reunião que decidiria o futuro
do país.
Inglaterra e
França estavam atentas ao avanço do nazifascismo, porém, não se sentiam
ameaçadas e acreditavam que o alvo principal dos alemães era o socialismo
soviético. Sendo assim, Ingleses e
franceses concordaram com a ambição de
Hitler sobre os Sudetos desde que o líder do governo alemão não fizesse outras
exigências e se comprometesse a encerrar sua política expansionista. Feito esse acordo, os exércitos alemães
ocuparam os Sudetos em outubro de 1938.
Em março
de 1939 Hitler descumpriu o combinado da conferência e ocupou todo o território
da Tchecoslováquia. A expansão nazista assustava o governo polonês que
temia que o território da Polônia fosse ser o próximo alvo. Os governos
da Inglaterra e da França reagiram assinando um acordo com os poloneses se
comprometendo auxiliar a Polônia caso ela fosse invadida pelos exércitos
alemães.
No dia 27 de agosto de 1939 alemães e
russos assinaram um importante acordo.
Adolf Hitler temia que Stalin fosse se aliar a Inglaterra e a França, o
que o obrigaria a dividir sua força militar em duas partes, por outro lado,
Stalin temia ter que enfrentar sozinho o poderoso exército alemão. Dessa forma,
os dois líderes assinaram o pacto
germânico-soviético pelo qual se
comprometiam a não atacar um ao outro e projetavam a divisão do território
polonês.
O pacto acabava
desconsiderando as divergências ideológicas que existiam entre os dois regimes
políticos (capitalista na Alemanha e socialista na Rússia), e, ao mesmo
tempo, representava a última cartada de Hitler para iniciar o plano de expansão
territorial para o leste europeu. Como veremos, o pacto foi apenas uma ação
tática de Hitler para não colocar a URSS como um forte inimigo no início das
ações bélicas.
A INVASÃO DA POLÔNIA E O INÍCIO DA GUERRA:
Fortalecido pelo acordo com Stalin, Hitler deu a ordem para que as tropas alemãs invadissem o território da Polônia pelo oeste. Stalin deu a ordem de ataque pelo leste e logo o território foi dividido entre alemães e soviéticos. Automaticamente, Inglaterra e França, comprometidas em apoiar os poloneses, declararam guerra a Alemanha iniciando assim a Segunda Guerra Mundial.
Fortalecido pelo acordo com Stalin, Hitler deu a ordem para que as tropas alemãs invadissem o território da Polônia pelo oeste. Stalin deu a ordem de ataque pelo leste e logo o território foi dividido entre alemães e soviéticos. Automaticamente, Inglaterra e França, comprometidas em apoiar os poloneses, declararam guerra a Alemanha iniciando assim a Segunda Guerra Mundial.
A invasão da França
Em maio de 1840 os
alemães iniciaram a invasão da Holanda e da Bélgica que até então adotavam a
neutralidade no conflito. O objetivo de Hitler era circundar a Linha Maginot e o ocupar rapidamente o país vizinho. No dia 14
de junho do mesmo ano, após dominarem holandeses e belgas, as tropas nazistas
invadiram a França e ocuparam a capital, Paris.
A França não foi
totalmente dominada pelos alemães e através de um acordo o território foi
dividido em duas partes. A parte norte, até a fronteira com a Espanha, ficaria
sob governo alemão; na parte sul formou-se um governo que colaborou com os
nazistas, sediado na cidade de Vichy e comandado pelo marechal Philippe Pétain.
A cumplicidade de Pétain com os nazistas provocou reação de franceses que não
aceitavam colaborar com os inimigos. Liderados pelo general Charles de
Gaulle, se organizou o grupo – franceses livres – que reagiram
contra a ocupação nazista e representava as forças da resistência francesa.
A aliança entre Hitler e Mussolini
Em junho de 1940,
quatro dias antes da entrada das tropas nazistas em Perais e após assistir as
fulminantes vitórias alemãs em diversos países da Europa, Benito Mussolini
finalmente decidiu entrar na guerra e anunciou sua aliança com Adolf Hitler. Os
italianos declaram guerra à França e à Inglaterra.
A guerra contra a Inglaterra
No final de 1940,
depois de dominar a França, a Alemanha passou a controlar grande parte da
Europa. Nesse momento, coube à Inglaterra enfrentar sozinha a expansão nazista.
Desde maio de 1940, o governo britânico era chefiado por Wilson Churchill,
responsável por liderar a resistência dos ingleses contra os frequentes ataques
nazistas. A estratégia adotada pela Alemanha para dominar os ingleses foi o
bombardeio aéreo. De agosto de 1940 até o início de 1941 as principais cidades
e portos da Inglaterra foram atacados constantemente.
Mesmo assim,
auxiliada por radares, a força aérea militar da Inglaterra (RAF – Royal Air
Force) conseguiu neutralizar a força aérea alemã. Os conflitos se deram também
no norte do continente africano, onde alemães procuraram controlar colônias
britânicas que eram de grande importância para o esforço de guerra. Sem sucesso
definitivo no ataque a Inglaterra, Hitler foi obrigado a suspender a operação e
adiar o projeto de conquistar o país inimigo. A Alemanha tentou impor aos ingleses um
bloqueio naval, começando assim uma guerra submarina.
A RESISTÊNCIA AO NAZISMO
Aos poucos foram
se organizando movimentos de resistência nos países europeus ocupados pelas
tropas alemãs e italianas. Houve desde ações pacíficas, como a dos
dinamarqueses que se retiravam de lugares públicos em que os militares alemães
entravam, até a formação de milícias armadas para enfrentar os nazistas. Esses
movimentos, agindo na clandestinidade, procuravam destruir instalações alemãs
por meio da sabotagem e da guerrilha. Em 1941, respectivamente em junho e
dezembro, dois importantes acontecimentos mudam de forma decisiva o cenário de
guerra: a entrada da União Soviética e dos Estados Unidos no conflito.
O holocausto
Enquanto
nos campos de batalha se desenrolavam as operações militares, nos territórios
ocupados os alemães levavam a risca a doutrina de extermínio do nazismo. Hitler
era defensor da ideia de que a Alemanha havia sido derrotada na primeira guerra
devido a traições internas e responsabilizava os judeus por isso. Foi de acordo
com esse pensamento que o regime nazista perseguiu e exterminou milhares de
judeus em toda a Europa. Segundo a doutrina nazista era preciso agrupar os
povos de raça ariana.
Além de
judeus, homossexuais, opositores políticos de Hitler, ciganos, doentes mentais,
pacifistas, eslavos e grupos religiosos também sofreram com os horrores do
Holocausto. Dessa forma, podemos evidenciar que o holocausto estendeu suas
forças sobre todos aqueles grupos étnicos, sociais e religiosos que eram
considerados uma ameaça ao governo de Adolf Hitler.
Depois
de renderem os exércitos alemães, seus principais líderes foram julgados por um
tribunal internacional criado na cidade alemã de Nuremberg. Com o fim do
julgamento, muitos deles foram condenados à morte sob a alegação de praticarem
crimes de guerra. Hoje em dia, muitas obras, museus e instituições são mantidos
com o objetivo de lutarem contra a propagação do nazismo ou ódio racial.
http://www.historiailustrada.com.br/2014/05/entenda-verdade-holocausto.html
PESQUISA: Holocausto (história ilustrada)
PESQUISA: As atrocidades do holocausto
(aventuras na história)
O decisivo ano de 1941: a entrada de soviéticos e norte-americanos na guerra
PESQUISA: Holocausto (história ilustrada)
PESQUISA: As atrocidades do holocausto
(aventuras na história)
O decisivo ano de 1941: a entrada de soviéticos e norte-americanos na guerra
Entrada da União Soviética/ junho de 1941.
Apesar de ter firmado e de manter com Stalin um acordo de não agressão, Hitler ainda tinha como principal projeto conquistar a União Soviética, rica em minérios, petróleo e solo fértil para a agricultura. O líder nazista acreditava que com essa conquista a Alemanha se transformaria em um império invencível. Em junho de 1941 o governo alemão colocou em ação a Operação Barba Ruiva e as tropas nazistas iniciaram a invasão da União Soviética. Diante da quebra do pacto entre os dois países e sentindo-se traído por Hitler, Stalin declarou guerra a Alemanha.
Entrada dos Estados Unidos/
dezembro de 1941.
Desde o
início da guerra os Estados Unidos, comandado na época pelo presidente Franklin
Roosevelt, colaboravam especialmente com a Inglaterra fornecendo equipamento
militar, matérias-primas fundamentais, alimentos, medicamentos, etc. Muitos
norte-americanos já pressionavam o governo por uma participação direta na
guerra pois temiam as vitórias e o avanço do nazismo na Europa.
No dia
08 de dezembro de 1941, o Japão, procurando se livrar da presença dos Estados
Unidos na Ásia e controlar o oceano Pacífico, lançou um pesado ataque aéreo à
base militar norte-americana de Pearl
Harbor, no Havaí. Boa parte da força militar dos Estados Unidos
no Pacífico ficou fora de combate e após isso os japoneses realizaram importantes conquistas na China, na
Indochina, nas Filipinas e na Indonésia. Um dia após ter
sua base aérea bombardeada e destruída, Franklin Roosevelt declarou guerra
contra o Japão. Automaticamente, a
Alemanha, aliada do Japão, declarou guerra aos Estados Unidos. A entrada da União Soviética e dos Estados
Unidos na guerra alterou completamente os rumos da guerra.
Segunda fase: A guerra no Mundo (1942 –
1945)
A entrada da União Soviética e dos Estados
Unidos na guerra em 1941 provocou grandes mudanças no conflito. A guerra realmente
tornou-se mundial e formaram-se dois blocos:
A invasão da União Soviética pelos
alemães
As maiores batalhas da guerra ocorreram na segunda fase e foram travadas na frente oriental. No dia 22 de junho os alemães colocaram em ação a Operação Barba Ruiva, nome secreto dado ao plano de invadir a União Soviética. Para combater os soviéticos Hitler destacou 65% de sua força militar, incluindo seus melhores equipamentos e as principais tropas de infantaria (3 milhões de soldados, 10 mil tanques e 3 mil aviões). Os alemães pretendiam aniquilar o inimigo antes do inverno.
Entre 1941 e 1942 os alemães contaram com
apoio de aliados húngaros, finlandeses e italianos. Foi desse modo que, apesar
das perdas sofridas, dominaram boa parte do território soviético se apoderando
de campos e poços de petróleo. Entretanto, o governo soviético soube mobilizar
o povo para a luta contra os nazistas. Centenas de cartazes destacavam o dever
de cada um na resistência dos invasores.
Em setembro de 1942, tropas blindadas do
exército alemão entraram em Stalingrado, onde foi travada uma das mais
importantes batalhas de toda a guerra. Apesar das dificuldades enfrentadas
pelos alemães, Hitler não aceitava qualquer possibilidade de recuo. Apesar do esforço
dos soldados alemães, em novembro o exército vermelho deu início ao
contra-ataque obrigando o exército nazista a se render pela primeira vez. A
Batalha de Stalingrado marcou o fim do mito da invencibilidade do exército
alemão e o início da derrota da Alemanha.
A partir dessa vitória os soviéticos deixaram
a posição de defesa e assumiram a posição de ataque conquistando diversos
territórios controlados pela Alemanha, como Polônia e Tchecoslováquia. Como
veremos, os soviéticos foram os primeiros, no final da guerra, a entrar em
Berlim.
A ofensiva dos aliados e a derrota da Alemanha
Ao mesmo
tempo em que enfrentavam os soviéticos na frente oriental, os alemães passaram
a ser atacados pela frente oriental pelos aliados, que contavam agora com
o grande poderio militar dos Estados
Unidos. A ofensiva dos aliados começou com o desembarque de tropas
norte-americanas e inglesas no norte da África, resultando na expulsão das
forças alemãs e italianas da região. A vitória no norte da África facilitou a
entrada dos aliados no sul da Itália e a rendição
de Mussolini em setembro de 1943. As forças
alemãs que ocupavam parte da Itália se renderam somente em maio de 1945. Foi na
Itália que atuou a Força Expedicionária Brasileira.
Em junho de 1944 os aliados planejaram
uma nova frente de combate contra os alemães pretendendo libertar a França da
ocupação nazista. No dia 06 de junho, norte-americanos e ingleses desembarcaram
na Normandia, costa norte da França, e atacaram as tropas alemãs
no dia que ficou conhecido como dia D. No final de julho os aliados já haviam consolidado
suas posições na França e em pouco tempo Paris estava livre da ocupação
alemã. A Alemanha estava derrotada na
frente oriental pelos soviéticos e agora procurava conter o avanço dos aliados
na frente ocidental.
A RENDIÇÃO DA ALEMANHA
Ao invadir a
URSS Hitler foi obrigado a dividir suas forças militares para atacar e se
defender ao mesmo tempo na frente e oriental e ocidental e logo percebeu o
tamanho de seu equívoco. Após derrotarem
as forças nazistas que ocupavam a França, os aliados prepararam um definitivo
ataque à Alemanha. Pelo oeste os
alemães eram bombardeados pela força aérea de Inglaterra e Estados Unidos e
pelo leste as tropas soviéticas iniciaram a marcha à Berlim em janeiro de
1945. Mesmo com a iminente derrota
nazista e com suas forças militares arruinadas, Hitler não admitia qualquer
possibilidade de rendição e através de forte propaganda o governo passou a
convocar soldados da reserva e até idosos e crianças para lutarem pela
Alemanha.
No campo de batalha, qualquer tentativa de deter o avanço soviético foi
inútil. O grande número de deserções e
mais a falta de munição e alimento inviabilizaram a resistência alemã diante
das forças de Stalin. No dia 30 de abril de 1945 Hitler e sua esposa, Eva
Braun, suicidaram-se. No dia 05 de maio as tropas soviéticas invadiram Berlim e
dois dias depois a Alemanha se rendeu.
A bomba atômica e a rendição do Japão
Apesar de a guerra ter chegado ao fim na
Europa, os japoneses insistiam em prosseguir a luta pelo domínio do Pacífico onde enfrentavam os Estados Unidos. Nessa luta foi comum o uso do ataque suicida dos pilotos Kamikazes. Apesar de o governo japonês
admitir a derrota e negociar as condições da rendição, os norte-americanos
fizeram questão de demonstrar seu poder militar atingindo o Japão com duas
bombas atômicas nos dias 06 de agosto de 1945, em Hiroshima, e 09
de agosto em Nagasaki. Nas duas
cidades, mais de 160 mil morreram na hora.
Para muitos, a intenção dos Estados Unidos ao
promover um ataque devastador contra o Japão era demonstrar a sua força militar
e impressionar principalmente a União Soviética. O mundo pós-guerra será
profundamente marcado pela disputa ideológica entre capitalismo e socialismo,
característica principal da chamada guerra fria.
O MUNDO PÓS-GUERRA
A guerra terminou em 1945 e deixou
para trás um número incalculável de mortos. Alguns afirmam que esse
número pode ter se aproximado de 50 milhões. Outros milhões ficaram
feridos, mutilados, sem moradia e sem família. Cidades, indústrias e campos
agrícolas foram arruinados gerando grandes prejuízos. Os Aliados
instauraram o Tribunal de Nuremberg para julgar criminosos de guerra, sobretudo os
nazistas. Logo após a guerra foi fundada a ONU
(Organização das Nações unidas), com sede em Nova York. O órgão teria a função de
estabelecer a paz e a segurança internacional; para resolver problemas
internacionais; garantir os direitos humanos. Apesar dos prejuízos econômicos
causados pela guerra, o conflito serviu também para estimular o avanço
técnico e industrial.
A divisão
da Alemanha:
Em julho
de 1945 realizou-se a Conferência
de Potsdam. Nessa conferência as potências
vitoriosas dividiram o território alemão em quatro partes. Em 1949, o território foi dividido em dois
países: Alemanha Ocidental, sob influência dos E.U.A, e Alemanha Oriental, sob
influência da URSS. Em 1961 foi
construído o muro de Berlim, que, além de dividir a cidade de Berlim ao meio,
simbolizava a divisão do mundo em dois blocos: o capitalista e o
socialista. A chamada Guerra Fria, entre
Estados Unidos e U.R.S.S é a principal marca do mundo pós-guerra.
QUESTÕES:
VÍDEOS:
A Queda - As ultimas horas de Hitler
EM CONSTRUÇÃO...
1) As origens da Segunda Guerra Mundial podem ser encontradas
na política de expansão territorial de japoneses, italianos e alemães. Com suas
palavras, faça uma descrição do expansionismo da Alemanha nazista na Europa até
o início do conflito.
2) Com suas palavras, explique o que era o “espaço vital” de
acordo com o projeto nazista.
3) Por que Inglaterra e a França inicialmente toleraram a
expansão da Alemanha sobre o território de outros países?
4) O que foi, por que motivos ocorreu e quais foram as
decisões tomadas na Conferência de Munique?
5) Por que razões Hitler e Stalin se aproximaram e assinaram
um acordo? Que acordo foi esse e o que ele dizia?
6) Qual foi o episódio que determinou o início da Segunda
Guerra Mundial? Explique.
7) Explique a estratégia militar desenvolvida pelo exército
alemão durante a guerra, chamada de Blitzkrieg.
8) Escreva sobre a ocupação nazista na França e sobre os
combates entre alemães e ingleses.
9) O que provocou a entrada da União Soviética e dos Estados
Unidos na guerra em 1941? Por que podemos dizer que a entrada
desses dois países modificou profundamente os rumos da guerra?
10) Quais foram os dois blocos que se
formaram a partir da entrada de norte americanos e soviéticos na II Guerra
Mundial?
11) Por que podemos dizer que o
rompimento do pacto Germano-Soviético foi um grande erro cometido por Hitler
durante a Segunda Guerra Mundial?
12) Na Segunda Guerra Mundial, o que
foi e qual foi a importância do chamado dia D?
13) No decorrer da guerra Adolf Hitler
ordenou o extermínio de milhares de pessoas que, segundo a doutrina nazista,
eram consideradas inferiores. Faça uma pesquisa e escreva sobre esse
extermínio, chamado de holocausto.
14) A rendição definitiva do Japão na
Segunda Guerra Mundial ocorreu após o país ser atingido por duas bombas
atômicas. Como podemos explicar a atitude dos norte-americanos ao atingirem o
Japão?
15) Relacione e comente as principais
consequências da Segunda Guerra Mundial.
16)
O que foi a Conferência de Potsdam?
VÍDEOS:
O Apocalipse Nazista - De Adolf a Hitler -
Redescobrindo a Segunda Guerra (Documentário)
A Queda - As ultimas horas de Hitler
EM CONSTRUÇÃO...
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