Os romanos, juntamente com
os gregos, formaram uma das maiores civilizações da antiguidade e tiveram
grande influência sobre o mundo ocidental contemporâneo. Inicialmente, Roma era
uma aldeia localizada no centro da Península Itálica. Por volta do século V. a.
C., os romanos iniciaram o processo de conquista de toda a península e, a
partir daí, a construção de um gigantesco império que tinha no centro a cidade
de Roma. Estudaremos a seguir como os romanos se organizaram politicamente,
como construíram e fizeram para administrar o imenso território conquistado,
como entraram em decadência e o que nos deixaram de herança cultural.
A ocupação da Península Itálica e a
origem de Roma
Roma surgiu como aldeia no centro da Península Itálica,
localizada no sul da Europa e que se estende pela parte central do Mar
Mediterrâneo. Na antiguidade essa península estava divida em várias regiões e
foi habitada por diferentes povos que fundaram inúmeros povoados. Entre esses
povos, os mais destacados foram os italiotas, os etruscos e os gregos.
Italiotas:
de modo geral os antepassados dos romanos eram agricultores que habitavam a
Europa central, eram conhecidos como italiotas
e estavam organizados em diferentes povos (latinos, sabinos, ilírios, volscos, samnitas, úmbrios, équos etc.).
Por volta do ano 2000 a.C, esses povos emigraram para a Península Itálica,
ocupando a parte central. Segundo historiadores, os latinos fundaram nessa
região várias aldeias, entre elas Roma.
Etruscos: originários da Ásia menor, os
etruscos chegaram à Península Itálica por volta de 800 a.C. Inicialmente os
etruscos ocuparam a região central da península e depois expandiram seus
domínios até regiões do norte. As cidades fundadas pelos etruscos eram bem
organizadas, contavam com sistema de esgotos, aquedutos, templos e ruas
pavimentadas. Em torno de 550 a.C., ocuparam Roma e exerceram grande influência
cultural sobre os latinos. Acredita-se que foram os etruscos que ensinaram os
latinos, por exemplo, a arte de construir canais, drenar pântanos e irrigar
terras. A organização social dos etruscos começou a desaparecer quanto os
patrícios[1] se
revoltaram contra os reis etruscos por volta de 509 a.C.
Gregos:
os
gregos, durante seu movimento de expansão colonial, ocuparam a parte sul da
Península Itálica onde fundaram importantes cidades (Nápoles, Siracusa, Tarento
etc.). Em seu conjunto essas cidades formavam a chamada Magna Grécia.
A ORIGEM DE ROMA:
Segundo historiadores, Roma
surgiu da união de diversas aldeias fundadas pelos latinos nas margens do rio
Tibre. Mais tarde, os etruscos conquistaram a região e Roma consolidou-se como
cidade e passou a expandir seus domínios, primeiramente pela Península Itálica
e depois pelas terras em torno do mar Mediterrâneo, chegando até o Oriente
Médio. Além dessa versão para o surgimento de Roma, devemos considerar a antiga
lenda que explica a origem da cidade.
A lenda da origem de Roma
Segundo a lenda, Roma teria sido fundada pelos irmãos gêmeos,
chamados Remo e Rômulo. Eles eram netos de do rei de Alba Longa, Numitor, que
havia sido destronado por seus inimigos. Ainda bebês, os dois foram colocados
dentro de um cesto e abandonados no rio Tibre. Levados pela correnteza os dois
teriam sido encontrados e acolhidos por uma loba, que os amamentou. Depois, de
acordo com a lenda, os dois irmãos receberam os cuidados e foram educados por
um pastor de nome Faustolo. Quando
adultos, Remo e Rômulo reconquistaram o trono para seu avô e por isso receberam
como recompensa a permissão de fundar uma cidade na colina onde a loba teria os
encontrado. A cidade fundada foi Roma. Porém, os dois irmãos passaram a
disputar o poder de reinar sobre a cidade. Essa disputa teve um final trágico:
Rômulo matou Remo tornando-se rei da cidade, fundada em 753 a.C e que, para
homenagear Remo, foi batizada de Roma.
MONARQUIA (753 – 509 a.C):
Inicialmente os romanos estavam
organizados politicamente em um sistema de Monarquia. Durante esse período, que
foi de 753 a 509 a.C, Roma ainda era uma pequena cidade se comparada a outras
cidades da época. A organização social e política, a economia e os hábitos da
população eram influenciados por etruscos e gregos, povos que já viviam na
península itálica antes da fundação da cidade.
A
organização social: os
principais grupos sociais que viviam na Roma Antiga eram os patrícios e os
plebeus. Além desses haviam os clientes e os escravos, grupos que não
desempenhavam grande importância na sociedade. Como veremos adiante, a disputa
entre patrícios e plebeus vai ter grande significado para o desenvolvimento
político e social dos romanos.
PATRÍCIOS: Eram
os grandes proprietários de terra, de rebanhos e de escravos. Na Roma Antiga,
os patrícios eram os únicos cidadãos e por isso os únicos que possuíam direitos
políticos. Por esse privilégio, comandavam os exércitos, a justiça, a
administração e as celebrações
religiosas.
CLIENTES: Não formavam exatamente um grupo social
distinto, mas sim, viviam em uma condição social. Os chamados clientes eram
pessoas livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes serviços e
apoiando-os na dominação exercida sobre os plebeus. Em troca recebiam ajuda
financeira e proteção política.
PLEBEUS: A maior parte da população era composta por
plebeus, pessoas livres que se dedicavam as atividades comerciais, ao
artesanato e principalmente a agricultura. Apesar de formarem o exército e de
pagarem elevados tributos ao governo, os plebeus durante todo o período
monárquico não eram considerados cidadãos.
Não exerciam nenhum direito político, não podiam exercer os cargos
públicos e ainda sofriam com os abusos cometidos pelos patrícios.
ESCRAVOS: Na monarquia dos romanos, escravos
eram aqueles que não conseguiam pagar as suas dívidas. Mais tarde,
principalmente durante a expansão militar e territorial promovida pelos romanos
durante a República e o Império, os prisioneiros de guerra passaram a ser
escravizados. Os escravos eram considerados propriedades de seu senhor.
A organização política:
Durante
o período monárquico Roma era governada por um rei [2], que
exercia funções de chefia militar, religiosa e judicial, pelo Senado [3] e pela Assembleia
Curial. Acredita-se que nos primeiros tempos Roma tenha sido
governada por sete reis etruscos, porém, apenas a existência dos três últimos
pode ser comprovada – Tarquínio Prisco,
Sérvio Túlio e Tarquínio (o Soberbo).
Durante a Monarquia os romanos passaram por um grande desenvolvimento no
artesanato e no comércio e a cidade adquiriu características mais urbanas.
Pântanos foram drenados, foram construídos canais de esgoto aquedutos, templos
e foi aberta uma praça no centro da cidade, chamada pelos romanos de fórum, onde
a população se reunia para discutir assuntos públicos e comprar e vender
produtos. Evidentemente, quanto mais as atividades econômicas se desenvolviam,
mais complicada ia ficando a sociedade romana.
O Senado
era composto exclusivamente por patrícios, representantes das famílias mais
ricas e proprietárias das melhores terras. Além de ter a função de fiscalizar
as ações do rei, era compromisso dos senadores elaborar e propor as leis
romanas. Já a Assembleia
Curial era formada por soldados em condições de servir o exército.
As funções dos membros da assembleia era eleger os altos funcionários públicos
e aprovar ou rejeitar as leis propostas pelo Senado. Assim como o Senado, a
Assembleia Curial composta exclusivamente por patrícios, porém, só se reunia
quando convocada pelo rei, não sendo, portanto, espaço para livres debates.
O fim da Monarquia e a passagem para a República
Embora tivessem amplos
privilégios na monarquia romana e fossem visíveis as melhorias e as
transformações em Roma, os patrícios não aceitavam mais o reinado vitalício e
passaram a questionar a autoridade do rei. Os patrícios, que já controlavam o
senado, queriam controlar diretamente o poder político e para isso passaram a
conspirar contra a existência do rei.
Assim, em 509 a.C, destituíram o
último rei etrusco, Tarquínio, o Soberbo, acusado provavelmente de tomar
medidas que favoreciam a plebe. Inicialmente, as funções antes desempenhadas
pelo rei foram divididas entre dois cônsules. Terminava assim o período
monárquico e tinha início o período republicano.
REPÚBLICA (509 – 27 a.C):
República é uma palavra de origem latina e significa “coisa pública” ou então, “coisa de todos”. Porém, na prática, não
era o que acontecia na república dos romanos, já que o poder político não era
distribuído entre todos e era totalmente concentrado nas mãos dos patrícios.
Por outro lado, para os plebeus, sem direitos de participação política,
restavam apenas as obrigações de pagar impostos e servir ao exército.
Com a instauração da república o Senado,
composto por cerca de 300 membros com mandato vitalício, ganhou grande
importância política em Roma cabendo a ele decidir sobre questões políticas e
militares e ainda administrar as finanças públicas. Havia também a chamada Assembleia dos
Cidadãos que tinha o poder de aprovar ou não as decisões tomadas
pelo Senado e de escolher os dois chefes do governo (cônsules) e os magistrados
(quadro ao lado). Essa assembleia era controlada igualmente pelos
patrícios.
Durante a República podemos citar dois acontecimentos como sendo os
mais importantes: a expansão do território romano pela Península Itálica e o
descontentamento cada vez maior dos plebeus, excluídos da vida pública e
prejudicados socialmente.
Conquistas militares e expansão
territorial
A república
romana foi profundamente marcada pela grande expansão do território, o que
ocorreu basicamente através de conquistas militares. Com um poderoso exército,
os romanos conseguiram, entre 509 a.C e 270 a.C, conquistar praticamente toda a
península itálica. A conquista e colonização de novos territórios, isto é, o
expansionismo romano, teve início durante o período republicano e tinha dois
objetivos: proteger as fronteiras contra possíveis ataques de povos vizinhos e
garantir novas terras para o desenvolvimento da agricultura e para a criação de
animais.
Após
sucessivas guerras e de dominarem a Península Itálica, os romanos passaram a
expandir seus domínios pelo restante do continente europeu, pelo norte da
África e pelo que chamamos hoje de Oriente Médio (atuais Síria, Líbano, Iraque, Israel e Turquia).
No avanço sobre novos territórios, os romanos passaram a disputar o
controle comercial na região do Mar Mediterrâneo onde entraram em choque com
várias potências rivais, entre elas, Cartago, situada no norte da África. As
guerras entre romanos e cartagineses, conhecidas como Guerras Púnicas, foram decisivas para os romanos formarem mais
tarde um dos maiores impérios do mundo antigo. Nesse longo processo de expansão
territorial, os plebeus tiveram grande importância pelo fato de comporem a
maior parte das forças militares romanas.
As
Guerras Púnicas - ROMA X CARTAGO
A partir do
ano de 264 a.C, após dominarem toda a Península Itálica, os romanos entraram em
conflito com Cartago, centro de grande importância fundado pelos fenícios e localizado
no norte da África. Cartago representava
na época a principal potência marítima e comercial do mar Mediterrâneo,
possuindo diversas colônias no norte do continente africano, na Sicília, na
Sardenha e na Córsega, sendo, portanto, a principal concorrente comercial dos
romanos e um grande obstáculo para a continuidade da expansão territorial.
Na
Antiguidade, aqueles que obtivessem o domínio sobre o Mediterrâneo garantiriam
a supremacia comercial. Desse modo, a principal causa para as guerras entre
romanos e cartagineses foi o controle comercial do mar Mediterrâneo. As duas potências se enfrentaram entre 264 e
146 a.C, até que Roma conseguiu derrotar
Cartago e estabelecer seu domínio na região. A conquista abriu caminho para o
expansionismo dos romanos que passaram a controlar quase todos os territórios
em torno do mar Mediterrâneo, chamado por eles de Mare Nostrum (Nosso Mar).
A
revolta dos plebeus
O início da
República foi marcado pela revolta dos plebeus contra a dominação política,
social e econômica dos patrícios. Os motivos para a disputa entre os dois
principais grupos sociais na Roma Antiga eram vários e fáceis de serem notados,
já que a desigualdade social aumentava na medida em que Roma se desenvolvia e o
território era expandido.
Tendo muitos
deveres e pouquíssimos direitos, os plebeus, apesar de comporem a maior parcela
da população, reclamavam
por não terem participação e poder de
decisão política. Sendo assim, automaticamente também não tinham acesso a nenhum dos cargos da
magistratura, privilégio
exclusivo para os patrícios.
Outro grande
problema para os plebeus ocorria no momento em que eram convocados para
servirem o exército e eram, desse modo, forçados a deixar suas propriedades. Ao
retornarem da guerra, principalmente aqueles que viviam da agricultura e da
criação de animais, eram obrigados a contrair empréstimos e ficavam
endividados. Muitos entregavam suas terras como pagamento e aqueles que não tivessem condições de pagar suas dívidas poderiam
ser escravizados. Além disso, ao servirem o exército romano
os plebeus eram injustiçados na divisão do espólio [4]
e tinham
poucos direitos sobre as terras do Estado, chamadas ager publicus, e que haviam se expandido
muito com as guerras de conquista. Para completar, era proibido
por lei o casamento entre patrícios e plebeus.
Essas injustiças indignavam
tanto os plebeus mais pobres como aqueles que haviam conseguido enriquecer com
o comércio e com o artesanato, mas que continuavam, entretanto, sem poder
ocupar as magistraturas e sem o mesmo poder de influência que os patrícios. As
mudanças nessa realidade começaram a ocorrer a partir de 494 a.C, quando os plebeus tomaram
consciência da importância que tinham para Roma, principalmente para a formação
do exército. Como já foi dito, a segurança e prosperidade de Roma dependiam da
existência de um exército bem preparado e numeroso, e, para isso, era essencial
a participação dos soldados plebeus.
Dispostos a lutar por igualdade de direitos, os plebeus promoveram
várias revoltas e utilizaram a tática de fazer uma greve militar. Sabendo que eram
fundamentais para a formação do exército, os plebeus dirigiram-se para o Monte Sagrado e recusaram-se a prestar o
serviço militar enquanto não tivessem atendidas as suas revindicações. Como
representavam a maior parte dos trabalhadores e dos soldados, os patrícios
foram obrigados a ceder e as primeiras exigências feitas pelos plebeus, aos
poucos, foram sendo atendidas.
A primeira grande conquista foi a criação do Tribuno da Plebe (494 a.C), uma nova magistratura que seria ocupada
exclusivamente por plebeus. Os dois tribunos da plebe teriam o direito de vetar
todas as decisões e leis que considerassem prejudiciais aos interesses dos
plebeus.
Mesmo com o direito de poder vetar as decisões tomadas pelos patrícios,
os plebeus continuavam sofrendo devido à má distribuição da riqueza, com a
falta de terras e por estarem sujeitos ainda há uma série de restrições,
lembrando que as regras criadas antes da existência do Tribuno da Plebe
continuavam tendo validade. Assim, as
revoltas prosseguiram e aos poucos os plebeus obtiveram outras importantes
conquistas.
PESQUISA: A primeira greve da história
PESQUISA: A primeira greve da história
As consequências do expansionismo
As conquistas militares e a expansão do território afetaram
profundamente a situação de toda a sociedade romana. Além de grandes
transformações sociais, a economia, a política e a cultura também se
modificaram.
Apesar de conquistarem diversos direitos, a maioria da plebe continuou
sem participar da política, excluída socialmente e prejudicada economicamente.
Mesmo com a abolição da escravidão por dívidas, por exemplo, os problemas
persistiram e foram responsáveis por diversos conflitos. Por outro lado, os
patrícios recebiam a maior parcela das terras conquistas e ainda ficavam com as
propriedades daqueles plebeus endividados e que passavam a se dedicar a outras
atividades na cidade ou a prestarem serviços para os grandes proprietários.
Entre as principais consequências da expansão podemos citar:
Acúmulo
de riquezas – os romanos obtiveram grandes lucros explorando as
terras conquistadas, de onde saqueavam, por exemplo, ouro, prata e rebanhos.
Além disso, o aumento das áreas para o cultivo agrícola provocou um grande
aumento da produtividade.
Aumento
populacional e da escravidão – as conquistas também provocaram um
grande aumento populacional, devido principalmente a grande quantidade de
prisioneiros que eram feitos nos combates. Esses prisioneiros eram
transformados em escravos que trabalhavam tanto como campo como na cidade e
executavam várias funções. Estimasse que ao final das Guerras Púnicas os
romanos tenham escravizado cerca de 50.000 pessoas.
Êxodo
rural e crescimento comercial – muitos plebeus retornavam da guerra
empobrecidos e eram obrigados a abandonar o campo e migrar para as cidades.
Desse modo, as novas terras conquistadas também contribuíram para intensificar
atividades como o comércio e o artesanato. Em torno dessas atividades surgiu um
novo grupo social que acumulava grande riqueza: os homens novos ou cavaleiros. O comércio marítimo com o controle
romano sobre o mar Mediterrâneo foi muito ampliado.
O
aumento da desigualdade social e novos conflitos sociais – como toda
a riqueza conquistada era má distribuída, já que os patrícios se apossavam da
maior parte, a desigualdade social ficou ainda mais evidente em Roma. Surgiram
os latifúndios, grandes propriedade
rurais que pertenciam a um único dono ou família. Ao mesmo tempo, foi natural o
aumento do número de plebeus pobres que eram explorados pelos patrícios e não
tinham acesso a terra. Naturalmente, as diferenças sociais provocaram inúmeros
conflitos envolvendo patrícios, plebeus, homens
novos e também escravos.
Transformações
culturais – o comércio e as conquistas militares favoreceram o
contato dos romanos com outras civilizações. Os romanos assimilaram valores da
cultura dos povos dominados como egípcios, mesopotâmicos, persas e
principalmente gregos. Assim, ocorreu uma grande mudança no estilo de vida
romano. Essas mudanças puderam ser notadas nas casas, no modo de se vestir e na
alimentação das classes dominantes. As atividades militares foram sendo
profissionalizadas e a vida urbana passou a ser mais valorizada.
Nova
organização administrativa – Os territórios conquistados e mais as
suas colônias foram transformados em províncias que eram obrigadas a enviar
seus tesouros para Roma. Para isso, os romanos nomearam governadores para cada
uma delas que tinham a função de cobrar os mais diversos impostos e garantir a
arrecadação.
A Crise da República
A fortuna conquistada pela minoria representava o aumento das
dificuldades para a maioria. Assim, a expansão territorial provocou uma grande
crise na república romana. Os plebeus faziam exigências através dos tribunos,
porém, os patrícios recusavam-se a atendê-las e a vida em Roma tornou-se tensa.
Após o término das Guerras Púnicas, em 146 a.C, teve início um período de
extrema agitação social. Além dos plebeus, escravos e povos que haviam sido
dominados passaram a se rebelar com mais frequência.
Com tantas revoltas internas e com rebeliões ocorrendo nas províncias
conquistadas, que não aceitavam o domínio romano ou então exigiam direitos de
cidadãos, o exército se tornou ainda mais importante para a segurança de Roma.
Com as vitórias nas guerras de conquista os generais ganharam grande
popularidade junto ao povo e passaram a desafiar o poder dos cônsules, intervir
nas decisões do Senado e usar seus exércitos para exterminar adversários
políticos.
Em 107 a.C, o general Mário foi eleito cônsul. Defensor da plebe,
Mario modificou a organização do exército e os soldados passaram a receber um soldo
(salário), ter participação garantida na divisão dos espólios e a receber um
lote de terra após 25 anos de carreira militar. Mário foi eleito cônsul seis
vezes consecutivas e após sua morte, em 86 a.C, foi a vez do general Sila,
apoiado pelos patrícios e pelo Senado, assumir o poder e ganhar o título de
ditador. Após a morte de Sila, em 78 a.C, dois importantes generais, Crasso e
Pompeu,
que haviam conquistado importantes vitórias em campanhas militares e eliminado
diversas rebeliões de escravos,[5] também
adquiriram espaço político. Em 70 a.C, ambos foram eleitos cônsules e na mesma
época, Júlio
Cesar, outro general do exército e sobrinho de Mário, começou a se
destacar politicamente.
Os
triunviratos e a formação do Império Romano
Diante da instabilidade política e da crise social o Senado decidiu
organizar um governo composto pelos três generais mais importantes de Roma.
Assim, em 60 a.C, Júlio César, Crasso e Pompeu estabeleceram uma aliança
apoiada pelo exército e formaram o Primeiro
Triunvirato (governo de três
pessoas) romano. Com a formação do Triunvirato o Senado teve seu poder
sensivelmente reduzido. Os três generais deveriam governar juntos Roma, porém,
logo surgiram as primeiras desavenças. Em 53 a.C Crasso foi morto durante uma
campanha militar e Pompeu e Júlio Cesar passaram a disputar o poder.
Em 49 a.C os exércitos comandados pelos dois generais se confrontaram
diretamente e Júlio Cesar saiu vitorioso tornando-se o ditador supremo dos
romanos. Júlio Cesar tinha o objetivo de manter a unidade do imenso território
e amenizar os conflitos sociais e para isso durante seu governo implantou uma
série de reformas. Diversas obras públicas foram construídas, a administração
foi reorganizada, latifúndios foram desapropriados e as terras distribuídas
entre as famílias mais numerosas, foi estimulada a colonização das províncias
romanas e ainda reformulado o calendário. Além disso, nesse período o
território do Egito passou a ser dominado pelos romanos. [6] Com as
reformas realizadas, Júlio Cesar adquiriu, naturalmente, grande apoio popular,
porém, ao mesmo tempo, teve que enfrentar a elite que passou a conspirar contra
seu governo. Assustados com a
popularidade alcançada pelo general e o acusando de estar querendo assumir todo
o poder em Roma, alguns senadores, liderados por Brutus e Cássio, assassinaram
Júlio Cesar a punhaladas em 44 a.C quando este entrava no Senado. [7]
A morte de Júlio Cesar provocou grande revolta na população e diante
de nova crise foi organizado um Segundo
Triunvirato, formado por Marco
Antônio, Otávio e Lépido. Inicialmente os três se uniram
para derrotar os senadores, porém, logo após alcançarem esse objetivo iniciaram
uma acirrada disputa política. Cada um dos três generais passou a dominar uma
área do grande território. Após uma série de lutas, Otávio afastou Lépido e
derrotou as forças de Marco Antônio tornando-se, a partir de 27 a.C, a maior autoridade de Roma e de todos os
territórios dominados.. Otávio, que era
sobrinho de Júlio Cesar, acumulou vários poderes e títulos, entre eles o de augusto
(que significa sagrado) e o de rei absoluto de Roma. Terminava assim a
República e tinha início o Império.
PESQUISA: a vida de Júlio César
PESQUISA: a vida de Júlio César
PESQUISA:os principais imperadores romanos.
IMPÉRIO (27
a.C – 476 d.C):
A principal
característica do período imperial, que marcou o auge e também a decadência dos
romanos, foi a concentração do poder absoluto nas mãos do imperador, que estava
acima de tudo e de todos. Oficialmente, após acumular grandes poderes, foi
Otávio o primeiro imperador.
O governo de
Otávio:
Durante seu longo governo, que durou cerca de quarenta anos (27 a.C –
14 d.C), Otávio permitiu que importantes instituições da República continuassem
existindo, mas concentrou, ao mesmo tempo, todos os poderes em suas mãos.. Além
de ser o chefe político, o imperador era também a maior autoridade militar e
religiosa, era quem decretava as leis, estabelecia os impostos e ainda decidia
pela continuidade da guerra ou pela manutenção da paz. Desse modo, o Senado,
por exemplo, era mantido apenas para aprovar decisões tomadas pelo governante.
Nesse período Roma atingiu seu apogeu artístico e teve, graças a uma série de reformas promovidas, o início de uma nova era de prosperidade social, política e econômica. Diante das dificuldades que os romanos passaram a sentir para administrar um território tão extenso, conquistado ainda durante a república, Otávio interrompeu o processo de conquistas militares. Sem as guerras de conquista, a sociedade romana passou a desfrutar de um período de relativa paz que ficou conhecido como Pax Romana.
Nesse período Roma atingiu seu apogeu artístico e teve, graças a uma série de reformas promovidas, o início de uma nova era de prosperidade social, política e econômica. Diante das dificuldades que os romanos passaram a sentir para administrar um território tão extenso, conquistado ainda durante a república, Otávio interrompeu o processo de conquistas militares. Sem as guerras de conquista, a sociedade romana passou a desfrutar de um período de relativa paz que ficou conhecido como Pax Romana.
Mesmo assim, o governo profissionalizou o exército romano que no
total passou a contar com cerca de 300 mil homens e estar organizado de forma
permanente. As principais funções desse exército era garantir a segurança das
fronteiras do império contra a invasão dos chamados povos “bárbaros” e sufocar
as possíveis rebeliões nas províncias. Portanto, durante o período imperial, ao
contrário do que aconteceu durante a república, o exército servia para
assegurar a paz dentro do império e não conquistar novos territórios. Além
disso, ao profissionalizar o exército Otávio amenizou parte do problema do
desemprego em Roma, já que milhares de plebeus foram empregados e passaram a
receber um salário fixo.
A nova política adotada por Otávio provocou também uma grande mudança
na forma de se explorar a terra. Isto porque, sem guerras, naturalmente foi
diminuindo o número de escravos o que levou os grandes proprietários a
arrendarem parte das terras para homens livres, que por sua vez pagavam pela
terra entregando parte da produção. Assim, o sistema de escravidão foi sendo
aos poucos substituído pelo sistema de colonato. [8]
Na administração, Otávio dividiu as 54 províncias de Roma em dois
grupos: províncias
senatoriais (regiões pacificadas) e províncias imperiais (regiões de
mais instabilidade social e onde as revoltas eram mais frequentes; cada uma foi
entregue a um governador, escolhido pelo próprio imperador). Para manter a
unidade do império e facilitar as atividades econômicas, o governo definiu a circulação de uma única
moeda que era valida nas diferentes regiões e investiu na construção de estradas e
pontes que ligavam todas as regiões do Império entre si. [9]
Por todas essas realizações, além de ter sido o primeiro, Otávio é
considerado por muitos como o mais importante dos imperadores romanos. Após sua
morte, ocorrida em 14 d.C, quatro
dinastias ocuparam o poder em Roma que foi aos poucos passando por profundas
transformações. Os primeiros dois séculos do período imperial, em virtude do
esplendor artístico, cultural e econômico, ficaram conhecidos como a Idade de
ouro romana, porém, entre o final do século II e início do século III começaram
a ficar evidentes os sinais de crise no Império.
A crise e o fim do
Império Romano
Após a morte de Otávio inúmeros imperadores ocuparam o trono em Roma. A
prosperidade que marcou os primeiros duzentos anos do Império foi ficando para
trás na medida em que recomeçaram os conflitos sociais. Existem vários motivos
para a decadência do Império Romano. Estimasse que os romanos chegaram a
dominar uma área de 4 milhões de Km² onde viviam cerca de 70 milhões de
pessoas. Tornou-se muito difícil manter a ordem no imenso território habitado
por povos de hábitos e culturas tão diferentes que não aceitavam o domínio e as
regras impostas pelo governo.
Como o serviço militar havia deixado de ser obrigatório, o governo
romano foi obrigado a investir mais no exército e permitiu em suas legiões a
presença de soldados - vindos de diversas regiões - que lutavam na condição de
mercenários, isto é, recebendo grandes quantias em dinheiro. Essa delicada
situação provocou naturalmente o aumento das despesas do governo, que por sua
vez, elevou o valor dos impostos cobrados.
Além disso, a economia romana também foi atingida pela falta de
escravos. Sem escravos, teve início uma nova relação de trabalho, o colonato.
Plebeus empobrecidos passaram a ser explorados pelos grandes proprietários
rurais para quem trabalhavam em troca de parte da produção. A terra passou a
ser supervalorizada e o clima de insegurança, gerado pela desordem social e
política, prejudicava também o comércio. Aos poucos as cidades iam perdendo
importância e a desigualdade tornava-se cada vez maior.
Enquanto que a menor parte da população concentrava toda a riqueza e vivia
em permanente clima de festa, crescia o número de desempregados e miseráveis entre
os comerciantes e pequenos camponeses. Para controlar as revoltas populares que
se tornaram frequentes, o governo passou a distribuir alimento e oferecer
espetáculos públicos e festas para a população.
Além dos combates dos gladiadores[10],
travados no Coliseu, os romanos se interessavam também pelo circo, pelo teatro
e pelas corridas de bigas, carruagem puxada por cavalos. [11] Essa
prática adotada pelos governantes romanos ficou conhecida como “política do
pão e circo”, e foi adotada ao longo do período imperial.
Para agravar a crise, os romanos tiveram que enfrentar a pressão dos
chamados povos bárbaros. [12] Pouco a
poucos esses povos, de modo pacífico ou violento, passaram a dominar as
fronteiras do Império. Desse modo, as guerras recomeçaram, não para expandir o
território, mas sim para defender as fronteiras ameaçadas. Como o exército
romano estava formado, nesse período, em grande parte por bárbaros que lutavam na qualidade de mercenários, tornou-se muito
difícil defender o território, uma vez que muitos dos soldados encarregados de
proteger as fronteiras tinham a mesma cultura, mesmos valores e até mesmos
interesses do inimigo.
Na política, as autoridades do império não eram mais reconhecidas e era
comum a disputa pelo cargo de imperador entre os generais do exército que
usavam a força de suas tropas. A instabilidade política era tanta que em um
período de 50 anos, 26 imperadores ocuparam o trono, sendo que somente um teve
morte natural.
O coliseu romano foi erguido perto do ano 80 d.C., e era um local onde ocorriam diversas lutas entre gladiadores, peças de teatro e até mesmo jogos. É um dos pontos turísticos mais visitados do mundo.
PESQUISA: mais sobre o Coliseu http://www.sohistoria.com.br
|
A divisão do Império
Diante da incontrolável crise e da evidente decadência do Império, os
romanos optaram por dividir o território em duas partes após a morte de
Teodósio, em 395 d.C: a parte Ocidental, com capital em Roma, e a parte
Oriental, com capital em Constantinopla, antiga cidade de Bizâncio
remodela pelo imperador Constantino. Com essa divisão os romanos pretendiam
fortalecer cada uma das partes, facilitar a administração e criar as condições
necessárias para resistir as invasões bárbaras.
Porém, a grande maioria da população continuava sofrendo com as
injustiças sociais e vivendo na miséria, sem ter, portanto, motivação alguma
por lutar pelo Império. Desse modo, enquanto os invasores demonstravam grande
capacidade militar, a indisciplina tomava conta do exército romano que não teve
a capacidade de deter o avanço das tropas invasoras. Em 476 d.C o último
imperador do Império Romano do Ocidente foi deposto, enquanto que o Império
Romano do Oriente, que passou por grandes transformações, conseguiu sobreviver
até o ano de 1453, quando Constantinopla foi conquistada pelos turcos. A fusão
dos valores culturais dos romanos e dos povos bárbaros vai dar origem a uma nova organização política, social e
econômica que marcou o início da Idade Média: o feudalismo.
QUESTÕES:
1) Quais foram os povos que ocuparam a Península
Itálica, onde foi fundada a cidade de Roma? Como foi essa ocupação?
2) A história da Roma Antiga pode ser dividida em
três períodos. Que períodos são esses?
3) A política em Roma durante a monarquia estava
dividida entre o Rei, Senado e Assembleia Curial. Que funções tinham cada um
deles?
4) Porque motivos os patrícios criaram a república
como nova organização política?
5) A história da Roma Antiga é profundamente marcada
pelas diferenças sociais, especialmente entre patrícios e plebeus. Com suas
palavras, destaque as diferenças entre esses dois grupos.
6) Durante a república os patrícios criaram e
passaram a controlar vários cargos públicos, chamados magistrados. Quais eram e
que funções tinham?
7) Quais eram as principais razões que os plebeus
tinham para se revoltarem contra os patrícios? De que modo passaram a lutar por
direitos e maior igualdade social?
8) A primeira conquista dos plebeus foi a criação de
uma assembleia popular chamada Comício da Plebe. O que isso significou para os
plebeus? A partir disso, quais foram as outras conquistas alcançadas pelos
plebeus?
9) Durante a república a rivalidade entre
cartagineses e romanos teve como resultado um conjunto de guerras. Qual foi a
principal causa para essas guerras? Como ficaram conhecidas?
10) Quais foram as principais
consequências provocadas pelas conquistas militares e expansionismo territorial
dos romanos durante a república?
11) Quais foram os principais problemas
sociais enfrentados pelos romanos após a expansão territorial e que provocaram
a crise da república?
12) Quais foram as propostas de
reformas sociais sugeridas pelos irmãos Tibério e Caio Graco?
13) Com a crise da república os
militares acumularam poderes em Roma e foi organizado uma espécie de governo,
chamado de triunvirato. Sobre esse, momento, responda:
a) Quais foram os generais romanos que formaram o
primeiro triunvirato?
b) Quais foram as principais realizações de Júlio
Cesar durante seu governo e porque acabou sendo assassinado pelos senadores?
14) No governo de que imperador teve
início o período conhecido como Pax
Romana? O que significou para os romanos?
15) Quais foram as principais
realizações de Otávio Augusto enquanto imperador de Roma?
16) Os primeiros dois séculos do
Império foram marcados por um grande desenvolvimento econômico. Quais eram as
principais atividades e de que maneira o governo romano procurou estimulá-las?
17) Com suas palavras, explique a crise
do império romano destacando suas principais causas.
18)
Por que e como foi dividido o Império Romano após a morte do imperador
Teodósio em 395 d.C?
19) Faça uma pesquisa e escreva sobre
os principais aspectos culturais dos romanos.
PESQUISA:
1
– A primeira
greve da história. Onde, quando e porque ocorreu?
2
– A biografia de Júlio César. A vida e suas
principais conquistas.
3 – Imperadores romanos.
Faça uma pesquisa, e com poucas palavras
aponte algumas realizações ou curiosidades dos imperadores sugeridos: a) Constantino; b) Calígula c) Nero;
d) Vespasiano;
e) Otávio Augusto; e) Adriano;
4 – O Coliseu. História,
construção e curiosidades.
VÍDEOS:
Grandes civilizações - Império Romano (parte 2)
Roma - construindo um império (History Channel)
VÍDEOS:
Grandes civilizações - Império Romano (parte 1)
Grandes civilizações - Império Romano (parte 2)
Roma - construindo um império (History Channel)
[1]
Como veremos mais adiante, eram a elite econômica
e política na Roma Antiga. Normalmente grandes proprietários de terra.
[2] Em Roma, o poder do rei era vitalício, porém, o cargo
de rei não era hereditário, ou seja, ele era eleito por um conselho de velhos
cidadãos.
[3] Palavra que vem do latim senex e significa “velho”, “ancião”.
[4] Espólio é como é chamado o lucro de guerra, ou então a conquista
alcançada no campo de batalha. Pode ser chamado também de butim.
[5] As guerras de
conquista provocaram o aumento da quantidade de escravos. Acredita-se que o
número de escravos em Roma era quatro vezes maior que o restante da população
de Roma. Essa grande população escrava era evidentemente explorada e sofria
muito com a desigualdade social. Embora oprimidos, os escravos tiveram
capacidade de organizar revoltas contra seus senhores. Rebelião da Sicilia (136 – 132 a.C), quando liderados por Euno cerca de 200 mil escravos lutaram
por liberdade, e a Rebelião de Cápua (73
– 71 a.C), quando uma tropa de gladiadores, liderados por Espartáco, organizaram uma rebelião do
qual participaram cerca de 80 mil escravos. Os escravos romanos lutavam como
rebeldes e não como revolucionários e talvez por isso não foram capazes de
elaborar uma nova proposta para a sociedade. Embora tenham alcançado
importantes vitórias, as revoltas foram reprimidas pelos governos e milhares de
escravos foram mortos.
[6] Júlio Cesar apaixonou-se perdidamente por Cleópatra
que em 51 a.C, com dezoito anos de idade, subiu ao trono do Egito. O romance
entre Júlio Cesar e a rainha dos egípcios teria facilitado a conquista do território do norte da África por parte dos romanos. Depois
da morte de Júlio Cesar, Cleópatra
conquistou o coração de Marco Antônio, rival de Otávio na disputa pelo
poder em Roma.
[7] Na hora da morte, Júlio César
teria o reconhecido entre os assassinos seu filho adotivo, Marcus Brutos
e proferido a seguinte rase. "Até
tu, Brutus, filho meu?". Hoje a frase é famosa e utilizada quando alguém refere-se
a uma grande traição.
[9] As estradas dos romanos representavam um grande avanço
para a engenharia. Eles usavam pedras e cimento acomodados sobre leitos aplainados e
aterrados. As vias eram traçadas sempre em linha reta e passavam por cima de
lagos, pântanos e montanhas. As pedras para o calçamento tinha superfícies
curvas para facilitar a drenagem, outra novidade para a época. No decorrer
delas haviam postos de parada e descanso para guarnições militares. Além de facilitarem o comércio, permitiam o rápido
deslocamento das tropas. Naquele período, a cidade de Roma era o centro do
Império e, logo, do mundo. A expressão, “Todos os caminhos levam a Roma” vem
desse período e é utilizada quando queremos dizer que todas as alternativas têm
a mesma solução.
[10] Os gladiadores eram normalmente prisioneiros de guerra
ou escravos que eram treinados e armados para enfrentar os soldados romanos na
arena do Coliseu, que acomodava cerca de 90 mil pessoas. Muitas vezes, os
chamados “jogos” duravam meses. A violência era absolutamente natural no mundo
antigo.
[11] O principal ponto de encontro para os espetáculos
circense e para as corridas era o Circo Máximo, localizado em Roma e que
comportava cerca de 150 mil pessoas. Em determinados períodos eram tantos
espetáculos que o calendário chegou a ter 175 feriados por ano. Na época, Roma,
centro do império, era a maior cidade do mundo e tinha aproximadamente
1.200.000 habitantes, que vinham das mais próximas e distantes regiões.
[12] Assim como os gregos, os romanos também
desqualificavam aqueles povos que viviam fora do território do império. Esses
povos eram chamados de bárbaros e não haviam sido romanizados, isto é, não
foram conquistados e, portanto, não falavam a língua dos romanos e não tinham
os mesmo costumes ou leis escritas, por exemplo. Os povos bárbaros que ocuparam
o Império Romano foram os celtas (habitantes da Escócia e da Irlanda),
os eslavos (habitantes da atual região da Rússia), os tártaros (subdividos
em búlgaros, hunos e mongóis) e os principais deles, chamados germanos e
que se dividiam em vários grupos (saxões, francos, burgúndios, vândalos,
visigodos, ostrogodos).
Professor, fica em casa e se cuida por favor. Estamos aqui de quarentena no ensino médio morrendo de saudades das tuas aulas e estamos usando teu blog com conteúdos que estamos trabalhando agora. Bjos professor.
ResponderExcluir